Município intervém na frente ribeirinha de Montemor-o-Velho

A recente praga de jacintos-de-água que quase cobriu por completo o leito Padre Estêvão Cabral, leito abandonado do Rio Mondego, levou o Município de Montemor-o-Velho a tomar medidas urgentes na sua erradicação e a suportar a totalidade dos custos da operação de remoção das plantas infestantes.
A medida, que teve um ensaio no dia 6 de dezembro de 2016, decorreu nos dias 12, 13 e 14 de dezembro, tendo os trabalhos continuado durante todo o mês de janeiro e foi desenvolvida pelo Município, com a colaboração de diversas entidades, nomeadamente,  a APA – Agência Portuguesa do Ambiente, ICNF – Instituto da Conservação da Natureza e Florestas, Associação dos Beneficiários da Obra de Fomento Hidroagrícola do Baixo Mondego e Bombeiros Voluntários de Montemor-o-Velho e Serviço Municipal de Proteção Civil.
“No concelho, a operação encontra-se praticamente concluída. Foi feita a limpeza de margens, segundo as instruções do ICNF e da APA, bem como do próprio leito. A existência dos jacintos-de-água é meramente excecional e, caso ainda existam alguns a circular, encontram-se fora no nosso território”, avançou o Presidente da Câmara Municipal.
Com os trabalhos “a terem, seguramente, um custo superior a 30 mil euros, suportado exclusivamente pelo Município”, Emílio Torrão sublinhou: “Este é mais um exemplo do empenho e dedicação da Câmara Municipal que mais uma vez lamenta que as entidades competentes não tenham disponibilidades financeiras para cumprir com as suas competências na erradicação destas espécies invasoras. De salientar que interviemos no âmbito de emergência e da proteção civil porque, efetivamente, a proliferação dos jacintos-de-água iria contaminar e fazer com que perdêssemos definitivamente o leito abandonado para pesca, para a prática de desportos náuticos e para uso das margens para passeios e exercício”.
O edil montemorense revelou ainda que “está em curso a aquisição de uma barreira flutuante”, de modo a impedir que os jacintos-de-água que ainda existem junto à estação de bombagem do rio Foja subam e se voltem a fixar nas margens e a invadir o leito Padre Estêvão Cabral.
Assim, a intervenção, feita também nas margens, num total de 10 km, permitiu remover a espécie infestante, mas também fazer a limpeza e a regularização das margens, impulsionando, deste modo, a utilização de um espaço natural de grande beleza e favorecendo a manutenção e crescimento da fauna e flora autóctones.
“A avaliar pelo diâmetro dos troncos removidos, seguramente que há mais de vinte anos que as margens não eram limpas. As árvores e outros arbustos eram de tal forma abundantes que tornavam o leito mais estreito. Hoje em dia, nem parece o mesmo”.
“A operação foi um verdadeiro sucesso!”, reforçou, com orgulho.

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