Decorreu este sábado, dia 6 de maio, a apresentação dos resultados do projeto (A)linhando desenvolvido pela Associação Apojovi, em Tentúgal.
Célia Craveiro, adjunta do Presidente da Câmara Municipal de Montemor-o-Velho, sublinhou que "este primeiro ano do projeto desenvolvido no Pólo de Tentúgal da Aposenior foi um verdadeiro sucesso, não apenas na divulgação e recuperação da cultura do linho no Baixo Mondego, mas também ao promover um envelhecimento ativo e uma intergeracionalidade crescente, e ainda ao valorizar o território, as memórias e a identidade da região".
Elogiando o trabalho desenvolvido no último ano pela Apojovi e pela Aposenior em Tentúgal, nomeadamente a criação e dinamização do Centro Interpretativo do Linho, as demonstrações das etapas do linho, as sessões temáticas e as formações em parceria com a Cearte, Célia Craveiro destacou que "com Mil e Um Fios, o (A)linhando conta mil e uma histórias da cultura de Tentúgal e do Baixo Mondego e tem vindo a demonstrar como a cultura do linho pode ser sustentável e criar novas tendências e novos produtos".
Para além da mostra de resultados, a iniciativa incluiu a realização de uma oficina de produção artesanal de papel a partir da fibra de linho – obtida a partir do linho semeado e transformado no âmbito do projeto Alinhando -, dinamizada pelo professor Jorge Valente e uma demonstração da extração de óleo de linhaça a partir da semente do linho, por José Craveiro, e ainda uma palestra proferida pela Engenheira Rosa Guilherme da DRAP, intitulada: "Recuperar a cultura do linho no Baixo Mondego - com os pés assentes na terra".
Durante a tarde, os convidados e visitantes fizeram também uma visita guiada, a cargo de José Craveiro, ao Centro Interpretativo do Linho, sediado na Casa do Povo, antigo Hospital de Tentúgal, tendo a oportunidade de apreciar uma mostra de faiança portuguesa com peças dos séculos XIX e princípios de XX produzidos em várias manufaturas do centro do país.
No âmbito do projeto "Reutilizar para Viver" (protocolo entre a Aposenior III, a Associação Corvo e Pinho e o Intermarché de Montemor-o-Velho), a visita proporcionou também uma reflexão sobre a necessidade de reutilização de materiais, visto que os suportes que serviram à mostra das peças de faiança são reutilização de materiais descartados que assim ganham novo uso contribuindo para uma economia sustentável e amiga do ambiente.
Recorda-se que o Projeto (A)linhando foi premiado pelos Prémios BPI Rural - La Caixa 2021 e pretende preservar a memória da história milenar do linho, ao mesmo tempo que visa contribuir para restaurar a sua cultura na região do Baixo Mondego.
Hoje celebramos a Língua Portuguesa, um dos expoentes máximos do património imaterial de Portugal. Uma Língua global, plural, de afirmação, de cultura, de ciência, de ação, integração, proximidade, encontros e união.
Ao longo dos tempos, Montemor-o-Velho viu nascer alguns dos maiores escritores portugueses, perpetuados nas obras e no legado histórico e linguístico que deixaram.
Partindo das palavras de Afonso Duarte, no poema "Montemor", eternizado no nosso belo Castelo, recordamos algumas das (muitas) vozes do concelho de Montemor-o-Velho que deram voz à Língua Portuguesa e que marcam a sua História: Fernão Mendes Pinto, autor da extraordinária "Peregrinação", Jorge Montemor, que com a sua obra "Diana" inspirou escritores no século XVI, ou Francisco de Pina e Melo, qualificado como “príncipe dos poetas” ou “Homero português” pelos censores das suas obras.
O Dia Mundial da Língua Portuguesa comemora-se a 5 de maio, tendo sido celebrado, pela primeira vez, em 2020, após consagração pela UNESCO em novembro de 2019.
A Língua Portuguesa é uma das línguas mais difundidas no mundo, com mais de 260 milhões de falantes nos cinco continentes, sendo a Língua mais falada no hemisfério sul.
De acordo com a informação da IP - Infraestruturas de Portugal, o trânsito na Ponte Edgar Cardoso, na Figueira da Foz, vai estar cortado, em período noturno, entre as 20h30 e as 6h30, nas noites de 25, 26 e 27 de abril.
