No dia 30 de julho, o castelo de Montemor-o-Velho recebeu a segunda sessão de poesia, de um total de três, dinamizada pelo CITEC - Centro de Iniciação Teatral Esther de Carvalho e promovida pela Câmara Municipal. Desta feita e integrada na ação “Castelo Sente”, da autarquia montemorense, o momento foi dedicado à (re)descoberta da poesia de António Gedeão.
Na muito participada sessão, denominada “O Som da Poesia”, que contou com a presença da vereadora Alexandra Ferreira e do vereador Jorge Camarneiro, Deolindo Pessoa, do CITEC, começou por referir: “A poesia do António Gedeão foi muito musicada, por isso vai ser uma conversa à volta da sua poesia e das músicas compostas para os seus poemas”.
Ao relembrar que António Gedeão era o pseudónimo de Rómulo de Carvalho, discreto homem de ciência que dá nome ao Centro Ciência Viva Rómulo de Carvalho, em Coimbra, Deolindo Pessoa, a título de curiosidade, referiu: “É o recordar de alguém que escolheu chamar-se António, que aos 11 anos quis continuar “Os Lusíadas”, tendo escrito mesmo o Canto XI”.
A poesia de António Gedeão que se tornou conhecida do grande público através do programa Zip Zip, da RTP, com a interpretação da Pedra Filosofal por Manuel Freire.
No domingo, na Igreja de Santa Maria da Alcáçova, a poesia, a música, a imagem e a palavra cantada deram honras de destaque a António Gedeão, encantando o muito público presente.
“O Som da Poesia” contou com a apresentação de Deolindo Pessoa, tendo as declamações ficado a cargo de Judite Maranha e Carlos Cunha. As vozes de Raquel Nobre e de Custódio Monteiro, também na viola clássica, deram corpo às palavras do poeta.
Depois do “Pescador de Palavras”, dedicado a Pablo Neruda, no dia 18 de junho, do “Som das Palavras”, dedicado a António Gedeão, no dia 30 de julho, segue-se, a 13 de agosto, “Rio de Palavras”, a terceira e última performance poética do “Castelo Sente” 2017.