Câmara Municipal dá mais um passo nas políticas de reinserção

No dia 4 de setembro foi assinado, entre a Direção-Geral de Reinserção e Serviços Prisionais (DGRSP) e a Câmara Municipal de Montemor-o-Velho, um acordo de cooperação que prevê a colaboração de dois reclusos do Estabelecimento Prisional de Coimbra (EPC) nas escavações arqueológicas no Castelo de Montemor-o-Velho, no âmbito do “Projeto de Investigação Plurianual de Arqueologia”, aprovado pela tutela (DGPC/DRCC), e que vai ter responsabilidade científica de Flávio Imperial, arqueólogo da autarquia.
Na ocasião, o presidente da Câmara Municipal, Emílio Torrão, avançou que a medida vem no seguimento de um trabalho que é necessário desenvolver e esclareceu: “Entendeu o Executivo que há uma missão social e de inserção, podendo, no futuro, avançar-se para outro tipo de parceiras”.
Ao referir que “existe uma decisão política” em assumir os custos com reclusos que vão prestar um serviço três dias por semana, durante os meses de setembro e outubro, Emílio Torrão sublinhou que “o objetivo é trazer para a vida ativa pessoas que tiveram desvios no seu percurso”.
Celso Manata, diretor-geral da DGRSP, acompanhado de Orlando Carvalho, do EPC, referiu que se trata de um acordo dinâmico e agradeceu a sensibilidade do Presidente da Câmara Municipal para o assunto. “O apoio da autarquia é fundamental para a reinserção, só assim podemos esperar que um dia [os reclusos] saiam em liberdade e tenham um comportamento mais adequado”.
Assegurar o transporte dos reclusos e o almoço, bem como fornecer toda a informação, formação e treino necessários aos reclusos destacados para a execução dos trabalhos de escavação arqueológica são as atribuições da Câmara Municipal.

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