O Dia Mundial das Zonas Húmidas é celebrado todos os anos a 2 de fevereiro para promover a sensibilização global sobre o valor das zonas húmidas para a humanidade e para o planeta. Esta data marca ainda a adoção da Convenção de Ramsar sobre Zonas Húmidas, no Irão, em 1971, de que Portugal é signatário.

Em 2018 pretende-se aumentar a consciência sobre o papel e o contributo das zonas húmidas para tornarem o ambiente das cidades sustentável, e envolver decisores políticos, urbanistas e cidadãos na conservação destas importantes áreas. As relação simbiótica entre zonas húmidas e a urbanidade é longa. As primeiras cidades surgiram nas férteis planícies fluviais, onde facilmente os povos poderiam praticar a agricultura, ter acesso à água e efetuar o transporte de bens. Atualmente, metade da humanidade vive em áreas urbanas e, à medida que as cidades se expandem, aumenta a tendência para invadir as zonas húmidas.

As zonas húmidas urbanas fornecem uma multiplicidade de benefícios aos habitantes: desde uma melhor qualidade da água e do ar, ao controle de inundações e ao facto de serem um importante ecossistema de fauna e flora. As zonas húmidas são, por isso, muito valiosas para o planeta e para o ser humano, devendo ser protegidas, restauradas e promovidas.

Também em Portugal, muitas cidades e vilas nasceram e se desenvolveram em torno de zonas húmidas, como rios, pauis, rias, …. Um desses exemplos é o nosso concelho! Montemor-o-Velho tem dois importantes Pauis, de Arzila e do Taipal, que temos de preservar. Nestes recursos naturais invejáveis podemos observar um elenco extenso de espécies de fauna e flora protegidas. Caniçais, canaviais, juncos, nenúfares, patos, cegonhas, garças-vermelhas ou águias-pesqueiras são algumas das espécies que fazem destes locais autênticos santuários de fauna e flora.

Encare, connosco, o desafio de manter e restaurar as nossas zonas húmidas para um futuro mais sustentável!