No dia 3 de março, o presidente da Câmara Municipal, Emílio Torrão, apresentou ao ministro da Agricultura, Florestas e Desenvolvimento Rural, Capoulas Santos, o trabalho que está a ser feito no Parque Agrícola de Arazede – PIER (Plano de Intervenção em Espaço Rural).
A visita, que ocorreu após o programa comemorativo do 50º aniversário da Cooperativa Agrícola do Bebedouro, mereceu os maiores elogios por parte do governante.
“Trata-se de uma Iniciativa pouco comum, para não dizer inédita. Quem dera ao Governo que a generalidade dos municípios colocasse esta questão nas suas prioridades políticas. Trata-se de criar condições para aumentar a competitividade de produção, a produtividade da agricultura e, com ela, a criação de emprego e de riqueza”, reforçou.
Ao referir “que o emparcelamento é o maior desafio para as próximas décadas”, o Ministro da Agricultura, Florestas e Desenvolvimento Rural reforçou: “Em termos de propriedade rústica o cadastro é fundamental e, por isso, estamos a avançar nesse processo. Emparcelar é uma tarefa muito complexa, porque, muitas vezes, as ligações afetivas que as pessoas têm à terra criam dificuldades”.
“Uma agricultura competitiva carece de empresas competitivas. As empresas para serem competitivas num mercado cada vez mais exigente têm de ter alguma dimensão empresarial. Essa dimensão empresarial só é possível se, de facto, onde predomina a pequena propriedade houver condições de emparcelamento. É um trabalho muito meritório [da Câmara Municipal], um exemplo para o país e que eu espero que tenha condições para se multiplicar”, concluiu.
Na sessão solene de aniversário da cooperativa e no decorrer da visita, o Presidente da Camara Municipal, sublinhou: “Fizemos um PIER que juntou 300 propriedades, agrupadas em oito lotes, e estamos, neste momento, na fase registral”.
Ao explicar que a medida foi introduzida durante a revisão do PDM – Plano Diretor Municipal, o autarca montemorense deu conta da preparação do processo, das dificuldades encontradas e reforçou: “Sou determinado, não vou desistir e vamos conseguir resolver todos os problemas burocráticos”.
“São 140 hectares prontos para produzir hortícolas e este é um exemplo que só podia ser feito com os agricultores da Gândara. Não fizemos uma única expropriação. Este é um exemplo que pode ser replicado em outras partes do país.”, reforçou.
Para Emílio Torrão, “esta é uma medida que vem dizer claramente que estamos ao lado dos agricultores. Somos um concelho predominantemente rural e agrícola e, por isso, queremos proporcionar condições com qualidade de modo a aumentar a competitividade dos nossos agricultores no mercado nacional e internacional”.