No dia 2 de março, a Cooperativa Agrícola do Concelho de Montemor-o-Velho (CACM) levou a efeito o XII Seminário “Planificação da campanha 2018 – candidaturas às ajudas ao rendimento dos agricultores”, tendo reunido mais de 250 participantes, na Quinta do Taipal, em Montemor-o-Velho.
Ao referir que a cooperativa “continua a preparar o futuro”, José Armindo, presidente da CACM salientou: “O concelho tem feito o seu caminho. A Associação de Beneficiários da Obra de Fomento Hidroagrícola do Baixo Mondego tem em desenvolvimento uma candidatura para mais um bloco do Baixo Mondego, no valor de 25 de milhões de euros, e esperamos que em 2019 já possamos ver máquinas a trabalhar no terreno. Esperamos também que durante o ano de 2018 abra a possibilidade de efetuar candidaturas a projetos para o Pranto 2, Arunca, Quada-Lares e Vale do Foja”.
Presente na sessão de abertura, a diretora da Direção Regional de Agricultura e Pescas do Centro (DRAPC), Adelina Martins, felicitou a cooperativa por realizar “um evento que permite aos agricultores prepararem a sua campanha”, bem como abordar temas que alertem para os aspetos técnicos.
No âmbito das mudanças relacionadas pelas alterações climáticas, “temos que perceber, por exemplo, que variedades é que estão melhor adaptadas. É extremamente importante continuarmos a acompanhar a evolução para sermos empresários e tomarmos as decisões na hora certa”, reforçou.
O presidente da Câmara Municipal, Emílio Torrão, deixou palavras de elogio à atuação dos elementos da mesa - José Armindo, presidente da CACM; Adelina Martins, diretora da DRAPC e António Cachulo da Trindade, presidente do Conselho de Administração da Caixa de Crédito Agrícola do Baixo Mondego -, congratulou-se por ver a sala cheia e frisou: “Os agricultores aderem porque o programa do XII Seminário oferece uma boa formação, podendo ajudá-los a produzir melhor e com qualidade”.
“Não há sucesso no mercado nacional se não oferecermos qualidade aos nossos clientes. Neste sentido, destaco o esforço que os agricultores demonstram em produzir com mais qualidade, quantidade e, sobretudo, oferecendo um produto de excelência a clientes cada vez mais exigentes. Para mim, também enquanto presidente da Câmara Municipal, é um motivo de grande orgulho ter agricultores no concelho com estas preocupações e que estão na linha da frente da produção nacional”.
Na ocasião, o autarca montemorense, no seguimento do trabalho desenvolvido pelo Serviço Municipal de Proteção Civil e dos dados recolhidos pelas estações meteorológicas do município, alertou: “As alterações não são um mito. As amplitudes térmicas em Montemor-o-Velho e os desvios das condições meteorológicas padrão ao longo do ano são uma realidade. Temos essa perceção e quando os resultados do estudo estiverem concluídos vão ser divulgados. Os nossos agricultores têm que ter essa perceção e merecem, da nossa parte, todo o apoio possível”.
As normas para a queima das palhas do arroz, por Hélder Araújo, do Serviço Municipal de Proteção Civil da Câmara Municipal de Montemor-o-Velho; a apresentação do ensaio de bioestimulantes e dos resultados do ensaio de variedades, por António Jordão; as Sementes de arroz híbridas, por António Valera; a Gestão integrada do arroz, por Gonçalo Canha; Três anos de ensaio de resposta à adubação azotada na cultura do milho, por Castro Pinto; Qualidade do milho no Baixo Mondego, por Vasco Salgueiro; e Pagamentos diretos, Regime de pagamentos Base e “Greening” e Medidas Agroambientais, por David Jorge, foram os temas abordados ao longo do dia.
O XII Seminário “Planificação da campanha 2018 – candidaturas às ajudas ao rendimento dos agricultores” contou também com uma homenagem, a título póstumo, a Maria Antónia Figueiredo, Secretária-geral Adjunta da CONFAGRI.