A 2ª edição do Mondego Agrícola – Feiras das Culturas foi um sucesso e reuniu muito público, entidades, instituições, agricultores, técnicos e empresas no campo do Sabico das Areias, no dia 6 de setembro. A iniciativa, que realizou pela primeira vez em 2017 e cuja realização ocorre bienalmente, em alternância com o tradicional Dia de Campo da Escola Profissional Agrícola Afonso Duarte (EPAAD), foi uma edição bastante participada e apontou também novidades para futuro do ensino profissional no concelho de Montemor-o-Velho.
Assim, o vereador na Câmara Municipal de Montemor-o-Velho, Décio Matias, na qualidade de presidente da ADA (Associação Diogo de Azambuja), entidade que engloba a EMP – Escola Profissional de Montemor-o-Velho e a EPAAD, traçou um retrato da educação nos últimos anos, apresentou a evolução e a oferta formativa das duas escolas e revelou: “As duas escolas vão-se fundir numa só, cujo nome ainda vai ser decidido”.
Ao lembrar “a enorme redução de alunos sentida nos últimos anos a nível nacional” e que o sucesso dos estabelecimentos de ensino pode ser feito através “de uma maior atratividade na oferta formativa e no estabelecimento de parcerias”, Décio Matias congratulou-se, deste modo, com a parceria feita com o Instituto Politécnico de Coimbra “que permitiu alargar a oferta formativa no concelho”, nomeadamente com o curso técnico superior profissional de nível 5 - Gestão da Qualidade, Ambiente e Segurança, assim como reforçou: “Vamos fazer todos os esforços para criar também a oferta de um curso técnico superior profissional na área agrícola, no próximo ano letivo, e que vai funcionar em horário pós-laboral”.
Na ocasião, o diretor regional da Direção Regional de Agricultura e Pescas do Centro (DRAPC), Fernando Alves Martins, deixou palavras de reconhecimento “ao excelente trabalho que a escola desenvolve”, uma vez que, hoje me dia, “a atividade agrícola tem que ser executada de forma profissional e com conhecimento”.
Para o governante, “o Mondego Agrícola é a prova do dinamismo e da capacidade do setor”. No momento deixou palavras de incentivo à organização “para que continue a desenvolver a Feira das Culturas” de modo a que se possa tornar “numa referência a nível regional e, eventualmente, nacional”.
“São iniciativas como esta que contribuem para tornar o setor mais resiliente e competitivo. Só por via do conhecimento e da sua transmissão conseguimos ter mais produtividade e melhorar o rendimento”, reforçou.
Bastante satisfeito pela edição de 2019 do Mondego Agrícola – Feiras das Culturas, o Presidente da Câmara Municipal de Montemor-o-Velho, aproveitou o momento para fazer um agradecimento público “à disponibilidade” do Diretor Regional da DRAPC e à sua proximidade com os agricultores, para reconhecer “a dinâmica introduzida na ADA” e “a forma muito profissional como tem desenvolvido sua ação”, mas também para elogiar Francisco Dias, diretor técnico da exploração agrícola da EPAAD. “É um evento que se afirma na segunda edição com uma pujança incrível e isso resulta, do seu esforço e das equipas das escolas, mas também da sua dedicação, da capacidade em ler o mercado, a produção e de sentir e estar próximos dos agricultores e das suas necessidades”.
Para Emílio Torrão, “a ADA e as suas escolas têm tido uma importância fundamental na economia local porque lançam para o mercado de trabalho alunos bem formados e que têm um nível de qualificação muito elevado”, neste sentido, “a unificação das duas escolas visa a rentabilização de recursos, mas vai permitir ganhar também a capacidade de fazer bem e melhor nas atividades em que se envolvem”.
Na ocasião, o edil montemorense reiterou que “por força do trabalho desenvolvido pelas cooperativas de Montemor-o-Velho e do Bebedouro, da ADA e de outros agentes, os agricultores do Baixo Mondego são tecnologicamente avançados e que, por exemplo, já fazem agricultura de precisão há muito tempo”.
Ao dar garantias de que o Município vai continuar a desenvolver um trabalho de colaboração com o setor e de promoção dos produtos produzidos no concelho e da sua qualidade, Emílio Torrão deixou um apelo ao diretor da DRAPC: “Que seja também a voz dos agricultores junto do governo no que concerne à nova PAC. O apoio à produção é necessário, mas é preciso também apoio ao investimento, porque estas novas tecnologias custam muito caro”.
Ao longo do dia, a par do debate promovido com os painéis “Impacto da PAC pós 2020 no Baixo Mondego” e “Agricultura de Precisão no Baixo Mondego”, os participantes puderam participar e assistir a demonstrações de máquinas agrícolas, visitar os campos de ensaio de arroz, milho e batata, apreciar as exposições de tratores e alfaias, assim como ter um contacto mais próximos as empresas presentes (produtos fitofarmacêuticos, maquinaria agrícola, sementes, fertilizantes e de outros produtos, equipamentos e serviços ligados à atividade agrícola).
Recorda-se que o Mondego Agrícola - Feira das Culturas foi promovido pela ADA, através da EPAAD, e contou a colaboração do Município de Montemor-o-Velho, a DRAPC e a Cooperativa Agrícola do Concelho de Montemor-o-Velho.