O órgão da Igreja da Misericórdia de Tentúgal, no concelho de Montemor-o-Velho, foi o protagonista do 3º concerto do Ciclo de Órgão de Tubos da Região de Coimbra, no dia 20 de outubro.
A iniciativa, que se encontra a percorrer a região no mês de outubro, é promovido pela Fundação Inatel e conta com a parceria com os municípios de Cantanhede, Miranda do Corvo, Montemor-o-Velho e Penacova, bem como da Diocese de Coimbra, da Direção Regional de Cultura do Centro e da Comunidade Intermunicipal da Região de Coimbra.
Presente na tarde cultural que aliou música, património e doçaria conventual, a chefe do gabinete do Presidente da Câmara Municipal de Montemor-o-Velho, Diana Andrade, referiu: “A Câmara Municipal sempre estará disponível para apoiar estes desafios lançados pela Fundação Inatel e que pretendam promover e dar a conhecer o nosso extraordinário património”
Aludindo às intenções da Santa Casa da Misericórdia de Tentúgal em recuperar a igreja, Diana Andrade desejou que com o apoio de todos seja possível “deixar para as gerações vindouras o património recuperado e capaz de continuar a proporcionar momentos de partilha, de cultura e de saber”.
No momento, a chefe do gabinete do Presidente da Câmara Municipal de Montemor-o-Velho deixou palavras de agradecimento a José Craveiro “pela sua permanente colaboração com a cultura, com Tentúgal, com a Câmara Municipal e com a tradição”.
De igual modo, o diretor distrital de Coimbra da Fundação Inatel, Bruno Paixão, destacou “o fortíssimo e generoso apoio do Município de Montemor-o-Velho que, desde a primeira hora, abraçou a iniciativa, estando muito determinado em fazer uma amostra do seu património cultural e monumental”.
“Com este Ciclo de Órgão de Tubos queremos dar a conhecer o património da região, mas também reforçar, por parte do Inatel, uma estratégia de aproximação à comunidade, apoiada numa lógica de cooperação com os vários intervenientes culturais”, reforçou.
Rui Vilão encantou o público presente com um reportório eclético, que passou música ibérica do século XVII e pela música romântica do século XIX, estabelecendo “um diálogo extraordinário com o retábulo maneirista de Tomé Velho”, conforme se pôde ler na folha de sala do espetáculo.
O músico avançou que “o órgão da Igreja de Misericórdia é muito interessante e compacto”. O seu timbre agudo, adaptado às vozes das freiras que outrora ecoavam pelo convento, representa “um desafio, sendo um órgão interessante e notável”.
O próximo concerto do Ciclo de Órgão de Tubos da Região de Coimbra vai decorrer no Mosteiro de Lorvão, no dia 26 de outubro.