A sede da Academia Musical Arazedense (AMA) encheu-se para assistir ao tributo ao maestro Angelino Ferrão, no dia 30 de outubro.
A iniciativa foi mais um momento do programa comemorativo do 15º aniversário do “Sax & Companhia” e louvou a vasta audiência pela vida e obra de uma das mais destacadas personalidades da freguesia de Arazede.
Ao agradecer “o apoio de todas as entidades e pessoas que colaboraram”, Bruno Abrunheiro lembrou que “o projeto demorou cerca de um ano a preparar”, tendo feito “a descoberta de algumas partituras em locais que não estava à espera”.
Com uma casa em obras, o presidente da AMA e vereador, Aurélio Rocha, referiu que se tentou “tornar a sala de visitas da freguesia de Arazede em condições para receber o espetáculo”.
Na iniciativa que contou também com as presenças dos vereadores Abel Girão e Jorge Camarneiro, e com as palavras de elogio do presidente da Junta de Freguesia de Arazede, Eusébio Campos ao tributo a Angelino Ferrão, o dirigente da AMA também sublinhou: “Foi mais um brilhante momento de homenagem ao maestro Angelino Ferrão e momentos como este nunca são demais. Apesar de estar mandatado para falar em nome dos seus três filhos aqui presentes, somos nós é que vos agradecemos e agradecemos também ao vosso pai”.
Ao encerrar o momento protocolar, o presidente da Assembleia Municipal e presidente da Assembleia-geral da AMA, Fernando Ramos, aludiu ao valores transmitidos pelo homenageado, sem esquecer, igualmente, “os valores transmitidos por João Ferreira, por Teresa Pimenta e por todos aqueles que faziam parte da universidade dos que não sabiam ler nem escrever”.
“Quem não conhece a História tem alguma dificuldade em encaixar o presente e alguma dificuldade em programar o futuro”, reiterou.
A tarde de tributo decorreu sob uma apresentação multimédia preparada pelos filhos do homenageado (Raúl, Carlos Alberto e Fernando) e à qual se juntaram muitos momentos musicais protagonizados pelos Sax&Companhia, tendo tido ainda a participação do Rancho “Os Esticadinhos” de Cantanhede, do Ensemble Saxofones de Arazede (AMA) e de diversos músicos e cantores.
Depois da interpretação da obra “Sonho de uma noite”, de 1931, com todos os participantes em palco, o momento ficou concluído com a audição de uma gravação original do Conjunto Academia, em 1955, da peça “Eu Sou Careca”.
O Tributo a Angelino Ferrão realiza-se em dois momentos distintos, ficando concluído no dia 6 de novembro nas Alhadas, Figueira da Foz.
De acordo com a organização, Arazede e Alhadas foram as “localidades escolhidas por serem duas a que o maestro mais dedicou a sua vida”.
Em paralelo aos espetáculos, com música, dança e multimédia, é possível admirar uma mostra de instrumentos musicais que foram pertença de Angelino Ferrão e um conjunto de partituras escritas pelo homenageado, bem como caricaturas, desenhos e ilustrações, mostrando a sua forte dimensão artística.