O Castelo de Montemor-o-Velho foi o palco da apresentação do Festival Forte 2017, esta terça-feira, dia 14 de fevereiro. O evento, que em 2016 se consolidou como uma referência a nível mundial, que encheu as muralhas do Castelo com as novas tendências da música eletrónica moderna e que registou cerca de 15 mil entradas, promete voltar a superar as expectativas este ano.
Nos dias 24, 25 e 26 de agosto, Montemor-o-Velho vai novamente fazer-se FORTE com este festival que é já uma referência nacional e internacional da música eletrónica. Para a quarta edição, a organização garante um cartaz arrojado, onde se reafirma a programação desenvolvida e se apresenta uma abordagem diversificada e que promete desbravar caminhos para novos futuros criativos.
"Quando dissemos que estávamos cá para desassossegar e levar Montemor-o-Velho mais alto não estávamos a brincar e o Festival FORTE é disso um grande exemplo”. Emílio Torrão, presidente da Câmara Municipal de Montemor-o-Velho, que, confessou, precisou ser “forte para fazer o FORTE”, revela-se orgulhoso deste festival: “Fizemos nascer um sonho que passou a ser das pessoas de Montemor-o-Velho e fizemos acontecer aqui, em Montemor, um dos eventos mais surpreendentes da região, do País e do Mundo, num dos locais mais incríveis do Mundo, o nosso belo Castelo”.
Na primeira edição do festival em que a Autarquia deliberou isentar o FORTE de taxas, Emílio Torrão destacou a obra de recuperação do telhado e do pórtico da Igreja de Santa Maria da Alcáçova, “feita à custa do Festival” e informou que a obra que vai permitir um melhor acesso ao Castelo para pessoas com mobilidade condicionada irá ser adjudicada em breve. O edil montemorense reforçou ainda a colaboração, “desde o primeiro dia”, da Direção Regional da Cultura do Centro.
Registando uma “procura incomparável, com cerca de 20% de bilhetes já vendidos”, Ilídio Chaves, diretor geral da Soniculture, entidade responsável pela produção e programação do Festival FORTE, garante que este “vai ser um FORTE ainda mais espetacular”. “Temos desafio bastante arrojado para acompanhar o avançar da tecnologia, da arte e da música. O nosso grande objetivo é mostrar o estado da arte e o caminho para o futuro. Um caminho que ainda não sabemos qual é, mas que sei que vai ser espetacular”, revelou. Jeff Mills, Nathan Fake, Blawan, Byetone, Clark, Tasha Rush, DVS1, In Aeternam Vale, Kangding Ray, Lucy, Ninos du Brasil, Oscar Mulero, Peder Mannerfelt, Ron Morelli e Shifted são os primeiros artistas confirmados.
“Este é um evento que extravasa as ameias do Castelo de Montemor-o-Velho” e que, potenciando o concelho e a região centro, tem já uma “fortíssima adesão de público estrangeiro”. Para Pedro Machado, estas são “razões fortes" que, aliadas ao “bom e saudável aproveitamento do património, criando um novo palco para dinamizar este festival” e ao facto de durar três dias, “encaixando na perfeição no nosso slogan", fundamentam o apoio da Turismo do Centro de Portugal ao evento.
Jeff Mills é o cabeça de cartaz da edição 2017 do festival de musica eletrónica FORTE. Referência na cultura da música de dança, o criador da Axis Records, a primeira editora da aclamada música eletrónica de Detroit, Jeff Mills alcançou um estatuto divino. O ex-estudante de arquitetura, apresenta-se atualmente munido de três leitores de cd e uma (ou mais) Roland-909, que lhe dá a liberdade de improviso que necessita para soltar a sua magia. Incansável, não pára de trazer ao mundo novas edições e de nos apontar o caminho do futuro, pautado pela descoberta de novas estrelas e galáxias.
Ao maestro da música eletrónica contemporânea junta-se no cartaz do FORTE o jovem britânico Nathan Fake, que vem apresentar em Montemor-o-Velho o seu novo álbum ao vivo, acompanhado pelo espetáculo audiovisual especialmente criado por Matt Bateman, que foi responsável por espetáculos ao vivo de artistas como LFO, Jon Hopkins e Clark.
Jamie Roberts é Blawan, que se destaca por sonoridades explosivas, percussões vivas e mudanças de estilo inesperadas. Mais uma figura icónica que representa de forma exemplar a nova geração da música eletrónica a pisar o palco FORTE do Castelo de Montemor-o-Velho.
Integram o cartaz lançado hoje, Dasha Rush, uma das mais mediáticas produtoras femininas do atual panorama tem a seu cargo sonoridades mais experimentais e sintetizadas, o americano DVS1 e o espanhol Oscar Mulero, duas figuras representativas da eletrónica mais obscura que, merecidamente, regressam ao castelo em 2017. De volta aos anos 80, é tempo de conhecer o francês Laurent Prot, mais conhecido como In Aeternam Vale que lançou as bases para o technoindustrial e que faz no Festival Forte uma das suas raras aparições em festivais este ano.
Ron Morelli é o mentor da editora L.I.E.S. (Long Island Electrical Systems), uma das editoras mais conceituadas no mundo mais estranho da música eletrónica contemporânea. O britânico Shifted, solta o espírito puro do experimentalismo, que atinge o seu auge quando os italianos Ninos du Brazil se apresentarem em palco com os seus bombos e abrindo o caminho para o delírio de noise, batucada, samba e eletrónica. Este ano é tempo para apresentar o espetáculo audiovisual do sueco Peder Mannerfelt, também conhecido como The Subliminal Kid, um dos mais prolíficos e originais produtores escandinavos.
O Festival FORTE vai apresentar novas confirmações para o cartaz de 2017 e outras novidades oportunamente.
O bilhete geral encontra-se à venda em edição limitada a 80€ na BOL, site e página Facebook do Festival FORTE e na Sonicgoods, a 85€ nos pontos de venda aderentes: FNAC, WORTEN, Agência BEP, CTT. O bilhete geral do Festival FORTE é válido para os 3 dias do Festival e inclui o acesso ao Parque de Campismo.
A lotação diária máxima é de 5000 pessoas dadas as dimensões do espaço, delimitado pelas muralhas do castelo.