O Feriado Municipal de Montemor-o-Velho, deu, este ano, um significado ainda mais especial à premissa “Valorizar o que é nosso”. O Largo do Convento de Nossa Senhora dos Anjos ganhou mais um argumento de peso para se transformar num ponto de visita obrigatório do concelho: o grupo escultórico dedicado a Fernão Mendes Pinto, à sua obra e às suas viagens.
Na sessão de inauguração, o Presidente da Câmara Municipal de Montemor-o-Velho, Emílio Torrão, visivelmente orgulhoso, esclareceu: “Esta foi uma missão pessoal e um sonho concretizado com a ajuda de algumas pessoas e visa honrar um dos autores portugueses mais traduzidos e conhecidos no mundo, um autor que tem grande destaque no Japão, um autor que nasceu em Montemor-o-Velho e a quem Montemor-o-Velho ainda não tinha prestado a devida homenagem”.
Na companhia do Presidente da Assembleia Municipal, do escultor Pedro Figueiredo, da diretora da Organização de Estados Ibero-americanos, Ana Paula Laborinho, e do conselheiro da Embaixada do Japão em Portugal, Yasuhiro Mitsui, Emílio Torrão recordou um episódio da sua adolescência quando, um dia, uma televisão japonesa de visita a Montemor-o-Velho queria recolher informação sobre Fernão Mendes Pinto e não a encontrou. A surpresa, com alguma “vergonha” à mistura, fizeram despertar o gosto pela História e pela vontade de “fazer regressar Fernão Mendes Pinto a Montemor-o-Velho”.
O monumento, “para além de destacar uma das personalidades incontornáveis do concelho de Montemor-o-Velho e de Portugal é uma peça de arte urbana que vai ser mais um ponto de atração turística, passando a integrar o circuito de visitação da vila de Montemor-o-Velho”, frisou o edil montemorense.
Na ocasião e para surpresa do público e entidades presentes, Fernão Mendes Pinto ganhou vida e, na visão criativa do CITEC – Centro de Iniciação Esther de Carvalho, apresentou-se nas suas múltiplas vivências e etapas da vida.
No final, foi feito o convite para explorar o grupo escultórico de perto e apreciar as inscrições de excertos da Peregrinação e, através de QR codes, ficar a saber mais informação, descobrir a história e as estórias que estão subjacentes à estátua. Estas informações encontram-se traduzidas em francês, inglês e castelhano.