História, cultura, tradição e sustos q.b. no “Castelo dos Degolados”

A história do Abade João, que deu origem à Lenda dos Degolados e ao Milagre de Nossa Senhora da Vitória, foi o mote para duas noites assustadoramente arrepiantes no Castelo de Montemor-o-Velho.

Mais de 500 pessoas participaram, nas noites de 31 de outubro e de 1 de novembro, no “Castelo dos Degolados”, uma aterradora e emocionante visita guiada noturna ao monumento nacional recheada de História, cultura, tradição, encantamentos, travessuras, feitiços e sustos.

Degolados, zombies, demónios, avantesmas, bestas, figuras do além e as sempre inquietantes bruxas tomaram de assalto o Castelo de Montemor-o-Velho e fizeram ecoar temíveis estórias e lendas da tradição popular.

Para além dos sustos, dos gritos e dos medos à flor da pele, o percurso contou ainda com um momento especialmente preparado para o público mais jovem e inspirado nos teatrinhos que percorriam as localidades. Numa noite que foi, também, um elogio à cultura local e às tradições passadas de geração em geração, o público pôde assistir à representação do Cantar das Almas, uma tradição que acontece no período que antecede a Páscoa e que é cantado por grupos de homens ou mulheres que entoam cânticos de casa em casa em diversas localidades de concelho de Montemor-o-Velho.  

Com palavras de agradecimento “a todas as pessoas e associações que permanentemente colaboram nos desafios do Município”, a vereadora da Câmara Municipal de Montemor-o-Velho, Diana Andrade, destacou e a agradeceu a “enorme adesão à iniciativa”, que teve lotação esgotada nas duas noites.

Ao esclarecer que as diversas iniciativas “querem trazer a cultura ao Castelo e às pessoas para que possamos sentir neste espaço, a música o teatro e as emoções”, Diana Andrade reforçou: “Este é um trabalho que não se faz de forma solitária e, por isso, o sucesso das iniciativas faz-se com a presença e com o compromisso de todos em prol da cultura. Montemor-o-Velho somos todos nós!”.

O “Castelo dos Degolados” contou com a colaboração da Afriklave Escola de Dança, do Centro de Iniciação Teatral Esther de Carvalho, do Grupo Cénico e Amador da Portela, do Grupo Folclórico da Vila de Pereira (ADCRP), do Centro Beira Mondego, do Dance N'Artes School de Coimbra e da comunidade local, destacando-se um grupo de “Bruxas” que anualmente organiza um convívio temático.

Saber...