Concerto da FIRA deu continuidade às comemorações de Abril no concelho

Em Montemor-o-Velho, os ideais de abril continuam a ser valorizados com música. No passado sábado, dia 27 de abril, a Filarmónica de Instrução e Recreio de Abrunheira (FIRA) deu continuidade ao programa municipal comemorativo dos 50 anos do Dia da Liberdade, com uma atuação sublime que encantou o público que encheu a sua sede, na Abrunheira.

O presidente da Assembleia Municipal de Montemor-o-Velho, Fernando Ramos, acompanhado pelo vice-presidente da Câmara Municipal, Décio Matias, e do presidente da União de Freguesias de Abrunheira, Verride e Vila Nova da Barca, Nuno Valente, partiu do exemplo das mulheres que “após um interregno voltaram a emprestar o seu talento e dedicação à FIRA”, para salientar “a crescente importância e representação da mulher na música”.

Na primeira parte do concerto dirigido pelo maestro António Luís Mota, ouviram-se “Canções Proibidas em Tempo de Ditadura”, cuja autoria pertenceu a uma ínfima percentagem de mulheres. “Este facto pode passar despercebido, mas é indicativo de como o 25 de abril revolucionou por completo diversas esferas da sociedade e, como nos mostrou este concerto, as mulheres têm vindo a conquistar um protagonismo que nunca deve ser colocado em causa”, notou Fernando Ramos, que destacou ainda a “apresentação irrepreensível do solista Diogo Pinto”.

Homenagem a Zeca Afonso (parte II), Canções da Liberdade (parte III) e Celebração (parte IV) completaram a atuação da Filarmónica de Instrução e Recreio de Abrunheira, fundada em 1881.

Ao longo dos últimos anos, para além das suas atuações em desfiles e festas religiosas, a FIRA apresenta-se regularmente em concertos e festivais de bandas.

De 26 de março a 4 de maio, o programa comemorativo dos 50 anos da Revolução de Abril é desenvolvido em estreita colaboração entre a Assembleia Municipal e a Câmara Municipal, tendo contado com a colaboração das Freguesias e Uniões de Freguesias e do tecido associativo do concelho.

*Fotografias gentilmente cedidas por António Cordeiro

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