Municípios de Montemor-o-Velho, Figueira da Foz e CIM Região de Coimbra avaliam medidas de combate ao jacinto-de-água

“É possível manter os cursos de rio limpos de jacintos-de-água e fazer um trabalho de preservação da flora, recuperar espécies, preservar habitats e devolver à natureza o que é dela”. Para o presidente da Câmara Municipal de Montemor-o-Velho e presidente da Comunidade Intermunicipal da Região de Coimbra (CIM-RC), Emílio Torrão, “está demonstrado inequivocamente que, se tivermos manutenção e uma equipa regular, conseguimos manter os ecossistemas e as linhas de água vivas e a recuperar dos efeitos nefastos desta espécie invasora”. 
Ao fazer o ponto de situação dos trabalhos desenvolvidos no âmbito do protocolo “Prevenção, controlo do jacinto-de-água no território da CIM-RC”, o autarca Montemorense destacou que “este é um trabalho contínuo, que tem de ser replicado pelos Municípios circundantes”. 
“Este protocolo veio permitir consolidar o trabalho pioneiro que tem sido feito em Montemor-o-Velho no combate às invasoras.” Recordando e elogiando "o trabalho extraordinário desenvolvido pela equipa da proteção civil municipal há mais de dois anos, que tem mantido limpo cerca de 2,5km do leito abandonado do rio Mondego”, Emílio Torrão sublinhou que, nos primeiros quatro meses de intervenção do protocolo, já foi possível alargar a área de intervenção para 4km, sendo que se pretende “chegar aos 6kms”.
 
Na reunião que juntou, em Montemor-o-Velho, no dia 3 de maio, a CIM-RC, os Municípios de Montemor-o-Velho e da Figueira da Foz, a APA - Agência Portuguesa do Ambiente, o ICNF e o Instituto Politécnico de Coimbra, o edil montemorense, na qualidade de presidente da CIM-RC, reiterou que “apesar de estarmos a fazer algo que não é da nossa competência, estamos perante um problema ambiental que urge resolver e minimizar, pelo que só é possível continuar esta ação imprescindível com o trabalho e a cumplicidade da APA e do ICNF” e que, com mais apoios e equipas a trabalhar em permanência, “conseguimos preservar e recuperar os ecossistemas e proteger as plantas autóctones”.
 
Na visita de campo aos locais intervencionados – Leito Padre Estêvão Cabral (leito abandonado do Mondego) e Estação de Bombagem do Foja –, foi possível verificar in loco o trabalho desenvolvido, bem como avaliar e definir estratégias de sensibilização e envolvimento de entidades e comunidade para alertar para as ameaças das plantas invasoras e sua erradicação.

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