ni108: Os valores de nados-vivos, óbitos e casamentos dissolvidos e interrompidos são apresentados segundo a distribuição geográfica de residência.
ni120: O total também engloba as demolições. ni1032: Os dados apresentados abrangem apenas os estabelecimentos classificados na Direcção Geral do Turismo. A informação apresentada resulta do "Inquérito à capacidade de alojamento e pessoal ao serviço na hotelaria" (semestral). ni1033: Os dados apresentados abrangem apenas os estabelecimentos classificados na Direcção Geral do Turismo. ni1035: Os valores relativos à Taxa de Ocupação-cama são valores revistos. ni1041: Os dados foram obtidos a partir do FGUE do INE que contém dados físicos (número de Empresas / Sociedades) reportados a Dezembro de 2001 e económicos (Pessoas ao Serviço e Volume de Vendas) relativos a Dezembro de 2000. Os valores apresentados dizem respeito a Sociedades em Actividade. O desfasamento, de pelo menos dois anos, existente entre o registo de uma nova unidade legal no FGUE e o carregamento de dados de natureza económica, pode originar o aparecimento de Sociedades com valores nulos nos campos relativos ao Número de Pessoas ao Serviço e ao Volume de Vendas. ni1042: A informação apresentada exclui o Banco de Portugal e a Caixa Central de Crédito Agrícola Mútuo. ni1043: A informação apresentada exclui o Banco de Portugal e a Caixa Central de Crédito Agrícola Mútuo. Nas variáveis referentes aos "Depósitos de Clientes" e ao "Crédito concedido" estão contabilizados os saldos registados no fim do ano, uma vez que se trata de valores extraídos do Balanço dos bancos. Nas restantes variáveis estão contabilizados os fluxos ocorridos durante o ano, uma vez que se trata de valores extraídos da Demonstração de Resultados dos bancos. Todos os valores aqui publicados são comparáveis com os dos Anuários Regionais de 2001. ni1048: O número de médicos por 1000 habitantes é apresentado por local de residência.
A região onde se encontra o concelho foi povoada desde tempos bastante antigos. Há vestígios arqueológicos um pouco por todo o lado, mas é de realçar, pela proximidade com Montemor-o-Velho, o povoado de Santa Olaia, que se situa junto ao cruzamento para a Ereira, e que foi profundamente estudado aquando das obras do troço do IP3. Este povoado foi ocupado desde o Neolítico até à Idade Média, com especial relevo para a época do Ferro (século VIII-VII a. C.), tendo mantido contactos comerciais com fenícios e cartagineses que aqui vinham em busca das riquezas mineiras e deixaram um vasto espólio que está patente no Museu Municipal da Figueira da Foz. Num outeiro próximo existiu na Idade Média um castelo, que foi destruído por uma investida muçulmana em 1116. Voltando a Montemor-o-Velho, existem vestígios arqueológicos desde a época romana, nomeadamente os achados no sítio da Senhora do Desterro (existiu aí uma villa romana e uma necrópole, tendo sido postas a descoberto algumas sepulturas de tijolo, abobadadas, e moedas do século IV), a lápide de Lúcio Cádio Cela patente no Museu Nacional Machado de Castro em Coimbra, a lápide de Júpiter na Capela da Madalena e os blocos de cantaria reempregados na base da torre de menagem do castelo. É possível que a povoação de Formoselha, situada na margem esquerda do rio, deva a sua origem a uma villa romana, entre as várias que terão existido ao longo do rio. Da época visigótica ficou uma pedra de ornáto bárbaro-popular, achada no castelo.
Em 711 iniciou-se a ocupação árabe da Península Ibérica. Montemor-o-Velho, porto fluvial-marítimo de grande importância na época, foi alvo de conquistas e reconquistas ao longo dos séculos IX a XII: em 848 dá-se a primeira reconquista cristã de Montemor pelo rei Ramiro I de Leão, que entregou o castelo ao abade João, tendo este resistido nesse mesmo ano ao cerco que lhe fez o califa de Córdova Abd-al-Rahaman. Em 878 Afonso III o Magno ocupou Coimbra procedendo ao repovoamento da linha do Mondego; em 2 de Dezembro de 990 dá-se nova investida dos árabes chefiados por Almançor, que tomam o castelo de Montemor-o-Velho, sendo o seu governo entregue a Froila Gonçalves, descendente do conde portucalense Gonçalo Moniz. Este foi desalojado, no reinado de Afonso V, por Mendo Luz, que o recuperou para os cristãos, passando mais tarde para Gonçalo Vieigas. Em 1026 os árabes voltam a conquistar Montemor-o-Velho, e em 1034 Gonçalo Trastamires recupera-a de novo para os cristãos, ficando seu governador. Após novas investidas árabes, Fernando Magno, em 1064, conquista definitivamente Coimbra e a linha do Mondego, entregando o seu governo ao conde D. Sisnando, moçárabe natural de Tentúgal. D. Raimundo, governando pessoalmente Coimbra, deu carta de povoação a Montemor em Fevereiro de 1095. Nesta época o rio fazia a fronteira entre o norte cristão e o sul árabe, tendo sido construída uma linha de fortificações que incluía os castelos de Avô, no rio Alva, Penacova, Lousã, Coimbra, Penela, Soure e Montemor. Existe uma curiosa lenda popular sobre a origem de Montemor. Conta ela que profunda rivalidade opunha os habitantes de Montemor e Maiorca, pois cada qual considerava a sua terra como colocada no ponto mais alto que a outra. Para irritar os maiorquinos gritavam os de Montemor: "Monte…Mor! Monte…Mor!" ao que os de Maiorca retorquiam "Maior…Cá! Maior…Cá!". O facto é que em 1212 se denominava Mons Maiores ou Montis Maioris, a que se acrescentou -o-Velho quando D. Sancho I reedificou a vila alentejana de Montemor(-o-Novo). Já no período da Nacionalidade, D. Sancho I deixou Montemor-o-Velho em testamento à filha, D. Teresa que, com a sua irmã D. Sancha, deram foral à povoação em Maio de 1212. Esta foi crescendo, acompanhando um surto demográfico por todo o Baixo Mondego, com o consequente desbravamento de novas terras para cultivo e criação de novos lugares, como se pode comprovar pela toponímia, que regista numerosos Casais e Póvoas. Para além dos senhorios régios, os terrenos do concelho distribuíam-se pelas principais instituições eclesiásticas da região (Mosteiro de Santa Cruz de Coimbra, Mosteiro de Santa Clara, Mosteiro do Lorvão). O rei D. Afonso III doou a povoação a sua filha, D. Branca, abadessa de Huelgas e Lorvão. Foi na alcáçova do castelo que no dia 6 de Janeiro de 1355 o rei D. Afonso IV se reuniu com os seus conselheiros para decidirem a sorte de D. Inês de Castro, tendo daqui saído no D. Afonso IVdia seguinte para executarem o plano. Após o cerco de Torres Novas, o Mestre de Avis, D. João, passou por Montemor-o-Velho, onde recebeu as homenagens do alcaide-mor e do povo, tendo seguido para Coimbra onde foi aclamado rei pelas Cortes. D. João I concedeu o senhorio ao infante D. Pedro que aí fez estadia durante algum tempo. O rei D. João II, por testamento de 29 de Setembro de 1495, doou Coimbra como ducado ao filho natural, D. Jorge, incluindo-se na doação Montemor-o-Velho, que ficará na Casa dos Duques de Aveiro até 1759. Foral Em 20 de Agosto de 1516, D. Manuel I dá foral novo a Montemor-o-Velho; este documento é de particular importância para a análise da forma como se desenrolava a vida das gentes de Montemor nos inícios do século XVI. É também nesta época que se produz uma importante alteração na economia local devido à introdução nos campos do Mondego do milho maíz, trazido da América, e que provocou uma era de prosperidade que se manteve até ao século XVII. O desenvolvimento do concelho alicerça-se então em três núcleos populacionais: Montemor-o-Velho, Pereira e Tentúgal. Nos seus campos produz-se, para além do milho, o linho e o trigo, cria-se gado bovino e cavalar, constroem-se solares, remodelam-se igrejas e conventos. Deste período destacam-se as figuras de Diogo de Azambuja, Fernão Mendes Pinto e Jorge de Montemor. A decadência parece ter começado nos inícios do século XVII e continuado no século XVIII; em 1771 a Figueira da Foz é elevada a vila e, consequentemente, o termo de Montemor é diminuído. Com a introdução da cultura do arroz nos inícios do século XIX, dá-se um novo surto desenvolvimentista. Com efeito, a produção não parará de aumentar, tornando-se uma das principais fontes de riqueza do concelho (em 1923 a produção em 466 ha foi de 700 000 Kg e em 1934 em 1 423 ha foi de 2 135 000 Kg). Em 1826 o concelho era constituído pelas freguesias de Alfarelos, Brunhós, Carapinheira, Figueiró do Campo, Gatões, Gesteira, Granja do Ulmeiro, Liceia, Vila Nova da Barca, Alcáçova, S. Miguel, S. Salvador, S. Martinho e Madalena. Com a reestruturação administrativa de 1853, o concelho tomou a forma quase definitiva: foram extintos os concelhos de Verride, Santo Varão, Cadima e Tentúgal e integradas no concelho as freguesias de Arazede, Liceia, Pereira, Santo Varão, Reveles, Verride, Vila Nova da Barca, Meãs do Campo e Tentúgal. Em 1928 foi criada a freguesia da Abrunheira (por extinção de Reveles), em 1943 é a vez da criação da freguesia de Gatões (por desmembramento de Seixo de Gatões) e em 1984 é criada a freguesia da Ereira (por desmembramento de Verride).
Turismo São variados os motivos para efectuar uma visita pelo concelho: o destaque vai para os núcleos históricos de Montemor-o-Velho, Pereira e Tentúgal. No património natural menção para a Reserva Natural do Paul de Arzila e o Paul do Taipal, onde se podem observar variadas espécies animais no seu habitat, especialmente as aves que procuram estes santuários para procriar. Na gastronomia a ementa é variada. Recomenda-se o arroz de lampreia, o sável frito, as aves de capoeira, com destaque para o pato assado ou de cabidela, a sardinha na telha acompanhada da indispensável broa. Na doçaria a referência obrigatória vai para os doces conventuais: pastéis de Tentúgal, as queijadas de Pereira e de Tentúgal, os papos de anjo e as barrigas de freira, a que se juntam as não menos famosas e saborosas espigas doces de Montemor-o-Velho, as papas de moado e o arroz doce. Para saborear estes petiscos existem numerosos restaurantes e, para pernoitar, existe uma Residencial em Montemor-o-Velho. Os amantes de desporto têm à sua disposição um Centro de Alto Rendimento, um centro equestre, uma pista de BMX, vários pavilhões desportivos e polidesportivos descobertos, podendo praticar patinagem, basquetebol, voleibol, atletismo, futebol, petanca, hipismo, rugby, tiro, ciclismo, pesca, canoagem, entre outros desportos.
Fontes: INE, Recenseamento Geral da População e Habitação, 2001 (Resultados Definitivos) Montemor-o-Velho um Município a Conhecer (CD-ROM Interactivo) Augusto Santos Conceição - Terras de Montemor-o-Velho, 1944 Correia Góis - Montemor-o-Velho. A Terra e a Gente, 1995 Maria Helena Cruz Coelho - O Baixo Mondego nos Finais da Idade Média, 1983 Nelson Correia Borges - Coimbra e Região, 1987
Situado no centro de Portugal, o concelho de Montemor-o-Velho pertence ao distrito de Coimbra. Com uma área total de 229km2 distribuída por 11 freguesias, faz parte do Baixo Mondego, uma região privilegiada em destinos turísticos com grande valor cultural, histórico, paisagístico, desportivo e social.
Tem como concelhos limítrofes Cantanhede a N, Soure a S, Condeixa-a-Nova e Coimbra a E e Figueira da Foz a W. A sede de concelho dista 16km da Figueira da Foz, 25km de Coimbra, 145km do Porto e 225km de Lisboa.
As principais vias de comunicação rodoviárias que o atravessam são a EN 111 e a A14; é ainda atravessado pela linha do Norte com extensão à Figueira da Foz via Alfarelos.
Os extensos arrozais oscilam ao sabor das estações acompanhando os sinais de mudança e o Castelo, seguro, contempla os ventos do progresso.
Visitar o concelho de Montemor-o-Velho é descobrir a ancestralidade de um povo e descortinar pistas para um futuro pleno de desenvolvimento.
Montemor-o-Velho, onde a história encontra a natureza!
BANDEIRA - Esquartelada de amarelo e negro. Cordões e borlas de ouro e de negro. Haste e lança douradas.
ARMAS - De púrpura com um castelo de ouro aberto e iluminado de negro. A torre central carregada por uma quina de Portugal antigo. O castelo acompanhado por duas flores de lis, de ouro. Em contra-chefe três faixas ondadas, duas de prata e uma de azul. Coroa mural de prata de quatro torres. Listel branco com os dizeres «Vila de Montemor-o-Velho», de negro.
SELO - Circular, tendo ao centro as peças das armas, sem indicação dos esmaltes. Em volta, dentro de círculos concêntricos, os dizeres «Câmara Municipal de Montemor-o-Velho».
No âmbito da Modernização Administrativa em curso, o Município de Montemor-o-Velho tem vindo a desenvolver um conjunto de projetos e ações tendentes a tornar a atividade e a gestão municipal mais aberta e participada, mais próxima dos cidadãos, e também mais simples e atraente, projetando e qualificando o Município como agente de desenvolvimento.
Criou-se uma nova imagem institucional Municipal, que seja, simultaneamente, elemento de pertença e de identificação dos munícipes, e que traduza, numa imagem moderna, apelativa e global, o respeito pela história, a preservação da tradição, a proximidade e o dinamismo do Município.
De simbologia clara, precisa e que apela aos traços distintivos do Município, a nova imagem institucional do Município de Montemor-o-Velho será, por isso, facilmente reconhecida pela população não apenas local e regional, mas também nacional e internacional.
Para um Município que se quer moderno, onde a história se encontra com a ruralidade e se cruza com o futuro, a identidade visual agora proposta reflete muito mais do que a novidade de um grafismo, transmitindo solidez, simplicidade, alegria e esperança, numa síntese de valores como a solidariedade, a proximidade, a inovação e a transparência.
As cores servem este mesmo propósito, situando-se no domínio dos campos e da terra, numa dinâmica que retrata a experiência, a história, a cultura e as gentes do Concelho.
Tal como no brasão, o castelo assume um papel de destaque nesta nova identidade gráfica. Alto, forte e imponente, o castelo é o símbolo maior de Montemor-o-Velho. A sua importância histórica, desde os primeiros tempos da Nacionalidade, preserva-se até aos dias de hoje. A maior fortificação do Mondego, e uma das maiores do país, marca a paisagem do Baixo Mondego e as vidas da população. E agora é a marca do Município. Do alto do Castelo, acompanhado pela silhueta da Igreja de Santa Maria de Alcáçova, avistam-se os campos, extensos arrozais banhados pelo Mondego, que emprestam alguma da sua cor a esta nova imagem.
O roxo, ou púrpura, completa o leque de cores proposto, numa lembrança ao brasão. A cor e o castelo associam, assim, o novo logótipo do Município de Montemor-o-Velho ao brasão da vila, mantendo uma unidade e coerência necessária para a eficácia da nova imagem. De facto, apesar da existência da nova imagem, não se pretende “anular” da comunicação institucional o brasão, sendo um processo gradativo, cujo maior destaque irá, a partir de agora, para esta nova imagem.
O lettering reforça o cariz institucional e a intemporalidade do Município, assumindo o nome do concelho – Montemor-o-Velho – em minúsculas por razões estilísticas de desenho.