Montemor-o-Velho
Localizado no Largo Alves de Sousa (antigo Largo do Outeiro). Solar constituído por casa de habitação, celeiro e logradouro. É de salientar a existência de um nicho na parede exterior do edifício, onde se encontra um Padre Eterno, em alto relevo, esculpido na pedra. O primeiro membro da família a viver em Montemor-o-Velho foi João Chichorro-o-Velho (1538-1564), que foi várias vezes vereador da Câmara. Possuíam brasão de armas: um escudo esquartelado com armas dos Chichorros, no 1º e 4º quartel, Pinheiros no 2º, e Figueiredos no 3º.
Montemor-o-Velho
Este portal pertence aos Solar da família Pina, de onde se destacam as figuras de Fernão de Pina e Rui de Pina. Entre os descendentes encontra-se Lopes Fernandes de Pina que veio a casar em Montemor-o-Velho com Leonor Gonçalves, filha de Pedro Gonçalves, cavaleiro-vassalo do rei D. João I e mulher Maria de Góis.
Este fixou residência em Montemor, "construiu uns grandes passos cercados e coroados de ameias". Porta de verga curva e cimalha sobrepujada por concha, enquadrada por duas colunas dóricas em frente de pilastras colocadas em diagonal. Sobre as colunas, dois vasos espiralados com fogaréus e no espaldar as armas dos Pinas. Apresenta características barrocas não só no tipo de elementos decorativos utilizados (brasão e terminação das colunas) como na própria organização dos suportes.
Montemor-o-Velho
O edifício dos Paços do Concelho, onde funciona actualmente a Câmara Municipal de Montemor-o-Velho, foi edificado nos finais do século XIX, na actual Praça da República, que naquela altura era denominada Praça Príncipe D. Carlos. Pela leitura das Actas das Sessões da Câmara, sabe-se que já nos finais do ano de 1887, foi discutido pela Câmara o estado de ruína do edifício, e a necessidade da sua reconstrução . Nesta altura, era presidente da Câmara o Dr. José Augusto de Almeida Ferreira Galvão, que foi um dos principais impulsionadores desta obra.
Após a tomada de decisão de destruir o antigo edifício, para em seu lugar edificar um novo, ao longo de várias sessões foram sendo discutidos pormenores como a planta e o orçamento para este projecto. É através da imprensa da época, neste caso, mais uma vez, através do Correio da Figueira , que sabemos que a 4 de Junho de 1889 se lançaram as primeiras pedras para as fundações do novo edifício dos Paços do Concelho. A obra foi concluída a 9 de Abril de 1892.
O dia 17 de Junho de 1893 foi, certamente, um dia memorável para o Concelho, pois foi o dia em que se realizou a primeira Sessão da Câmara no novo edifício dos Paços do Concelho.
Montemor-o-Velho
Situava-se junto à porta poente do castelo, designada Nossa Senhora do Rosário. Apesar de se ignorar a data da sua construção, há autores que afirmam que o fundamento da sua edificação advém de uma contenda entre o pároco de S. Martinho e a Colegiada de Santa Maria de Alcaçova. No entanto nunca chegou a ser utilizada como sede de freguesia.Desconhece-se o seu tipo de construção e as suas características artísticas. Na década de 40 do século XX, possuía ainda a frontaria, apenas com o portal, da Renascença (1ª metade do século XVII), composto por um arco sobre pilastras, enquadrado por duas colunas dóricas e caneladas, entablamento com friso almofadado, remate e nicho e colunelos coríntios.
A padroeira era Nossa Senhora da Encarnação e funcionava como sede da Irmandade dos Clérigos. Em 1906, mantinham-se em pé as paredes e um pórtico da Renascença final. Em 1941, nas obras efectuadas no castelo pela DGEMN, os restos desta igreja foram demolidos.
Montemor-o-Velho
De origem medieval, foi uma das duas igrejas que D. Manuel I ressalvou da doação de 1500. Pertenceu à Coroa Real, teve priorado e anexo um hospital com o mesmo nome. Posteriormente, pertenceu aos Condes de Tentúgal, tendo sido sagrada pelo bispo de Coimbra, D. Manuel de Mello. Foi sede de uma das antigas paróquias de Montemor-o-Velho.
Edifício de planta simples, de nave única e três capelas. Do que resta podemos observar, a porta principal em ogiva, por cima da qual existia uma fresta. O campanário manuelino com lugar para dois sinos ressalta da frontaria e conserva a sua forma primitiva. Sobre a porta do lado Sul vê-se a cruz de malta. No interior, existia uma mísula manuelina e uma lápide romana dedicada a Júpiter, que se encontrava na esquina da capela-mor, no cunhal da Epístola.
Montemor-o-Velho
Localizada próximo do muro interior do castelo, para a parte sul. É de invocação a Nossa Senhora da Assunção.
Foi mandada edificar em 1090, pelo Presbítero Vermudo, por ordem do Conde D. Sesnando. Foi reedificada definitivamente no primeiro quartel do século XVI, obra atribuída ao arquitecto Francisco Pires, sob a ordem do bispo-conde D. Jorge de Almeida. Composição estrutural simples, com três naves de cinco tramos e três capelas absidais. Nave central levantada, sem janelas acima das arcadas. Cabeceira de composição complexa: arcos abertos entre as capelas laterais e a mor, em plano, dão a aparência de um transepto.
De salientar o conjunto escultórico da Virgem do Ó e do Anjo da Anunciação, do século XIV, do escultor Mestre Pero, bem como o retábulo do Santíssimo Sacramento, uma obra já do século XVI, atribuída a João de Ruão, composto por dois registos que contemplam uma última ceia e um sacrário.
Montemor-o-Velho
É obra do fim do século XVI, tendo sofrido reformas na 2ª metade do século XVIII (a que talvez corresponda a data de 1761 do lavabo). Voltou a ser reformada no último quartel do século XIX (1873), quando era provedor o Reverendo Augusto Pereira Cardote. Planta de nave única com capela-mor e dois altares colaterais, no corpo da igreja. Apresenta, como é comum nas igrejas da Misericórdia, a tribuna dos Mesários. Tem ainda púlpito e um alizar de azulejos. Foi classificado como Imóvel de Interesse Público em 1950.
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Situado na Av. dos Bombeiros Voluntários. Edifício de quatro corpos, enquadrado num aprazível recinto ajardinado, amplas enfermarias, salas de operações, urgências, capela e exames complementares de diagnóstico.Devido à falta de espaço do antigo Hospital de Nossa Senhora de Campos e Misericórdia decidiu-se a construção de um novo edifício, concluído em 1932. Posteriormente, foi Centro de Saúde e actualmente voltou de novo para a alçada da Santa Casa da Misericórdia de Montemor-o-Velho. A 20 de Abril de 1911 foram aprovados os novos estatutos da Confraria de Nossa Senhora de Campos e Misericórdia, após a introdução de alterações na Lei. O regulamento de 1913 finalmente permitiu avançar para a edificação de um novo hospital (a nascente da vila), concluído em 1932. Nos primeiros anos foi instituição modelo, apesar das dificuldades, até à Revolução de Abril de 1974 que o transformou em Centro de Saúde e Centro de Atendimento Permanente. Em 1995, entrou em funcionamento o novo Centro de Saúde e este edifício foi novamente entregue à Santa Casa da Misericórdia de Montemor-o-Velho.
Montemor-o-Velho
Localizada no Largo dos Anjos, esta fonte surgiu de um contrato entre o juiz, vereadores, procurador (eleitos da vila de Montemor-o-Velho), padres e priores do Convento de Nossa Senhora dos Anjos, celebrado a 31 de Outubro de 1551.
Estrutura em forma de cubo, dominado por coruchéu piramidal manuelino.Na frente, apresenta arco semicircular simples e o escudo da vila invertido.
O revestimento interior é constituído por azulejos sevilhanos, de aresta, do século XVI.
Montemor-o-Velho
Esta casa conventual teve a sua origem numa pequena ermida pertencente a Diogo da Azambuja. Em 1494, o Papa Alexandre VI passou o breve da fundação do Convento dos frades eremitas de Santo Agostinho, sendo o seu principal impulsionador Diogo da Azambuja. As obras foram lentas, sendo a igreja a primeira a ser construída. No séc. XX foi classificado como Monumento Nacional e intervencionado. Planta composta pela igreja, sacristia, cozinha, refeitório, claustro, sala do capítulo, celas, portaria e outras dependências.