Montemor-o-Velho, Montemor-o-Velho
Em 990, Almançor tomou o Castelo, reconquistado, em 1006, por Mendo Luz.
Em 1088 ou 1095, foi reedificado por Afonso VI de Castela. Em 1109, D. Teresa e seu filho, D. Afonso Henriques, teriam ordenando novas reformas no Castelo. O Infante D. Pedro mandou-o ampliar.
No século XIV, o Castelo deve ter tido uma reforma geral. No séc. XX, realizaram-se obras de reconstrução.
Classificado como Monumento Nacional desde 1910.
Planta irregular: castelejo, cerca principal, barbacã envolvente, cercado do lado Norte, reduto inferior a Este, torre de menagem, Igreja de Santa Maria da Alcáçova, Paço das Infantas, torre do relógio, Capela de S. João (extinta).
Na década de 90 do século XX, foi instalada uma casa de chá, entre os muros que restam do Paço das Infantas, obra do Arquitecto João Mendes Ribeiro.
Montemor-o-Velho
Anexa à Igreja da Misericórdia, segue o tipo de moradias burguesas seiscentistas, mostrando na fachada virada para o rossio da Misericórdia, seis janelas de sacada, com respectivo gradeamento de parapeito em ferro forjado e cabeceira rematada por simples cornija, ao andar nobre.Construída nos inícios de seiscentos, sofreu grandes estragos na sequência do terramoto de 1 de Novembro de 1755. As obras de reparação tiveram início logo no ano seguinte.
Montemor-o-Velho
Situava-se ao cimo da Rua dos Combatentes da Grande Guerra. Era uma casa com uma só porta e uma janela, moldurada, ladeada por dois grandes cachorros circulares para vasos de pedra lavrada. Fachada de traça setecentista, porta moldurada e boleada, com inscrição no lintel da porta: "Não há na vida gôsto perfeito nem descanso". A protecção aos filhos do pecado ou da miséria sobrecarregava bastante o orçamento municipal de Montemor, onde havia quatro casas para expostos e abandonados. Do edifício inicial já nada existe, sendo hoje uma casa de habitação particular.
Montemor-o-Velho
Situa-se no castelo, junto à torre do relógio, interceptada pela linha da barbacã. Edificada, segundo uns, no séc. XI e, segundo outros, no séc. XVI. Sofreu obras no séc. XIX, perdendo o seu carácter primitivo.
Foi primeira matriz do Salvador. Atualmente, está em avançado estado de degradação, reduzida às paredes e destelhada, desde as obras de reconstrução do Castelo de 1930.Planta de nave única com três capelas. Do que resta podemos observar a fachada, simples com pináculos, constituída pela porta principal, encimada por uma janela e uma inscrição. No interior, permanece um arco de volta inteira, despido de ornamentos.
Montemor-o-Velho
Data das reformas hospitalares do país feitas por D. Manuel no século XVI. Posteriormente, foram-lhe anexadas outras confrarias. Sofreu profundas reformas desde o século XVIII. Por despacho ministerial de 17 de Janeiro de 1893, foi decretada a sua anexação à Misericórdia. Actualmente, funciona como Lar de Idosos da Misericórdia de Montemor-o-Velho.
Do edifício é de salientar a fachada, reconstruída no século XVIII. A porta, enquadrada por pilastras, está ligada ao piso superior por uma grande sacada, rematada por uma cabeceira com o escudo nacional. Sobre os vão baixos inseriram um escudo e uma esfera armilar quinhentista. A ladear a sacada estão dois nichos. A parte lateral tem alpendre com colunas dóricas quinhentistas e uma pintura com Cristo Crucificado.
Montemor-o-Velho
Atribui-se a D. Urraca, mulher de D. Raimundo, a sua edificação e aqui habitaram infantas, reis e rainhas. Encontra-se actualmente em ruínas, restando algumas paredes, entre as quais foi construída uma casa de chá, pelo IPPAR. A descrição deste edifício é, actualmente, muito difícil de realizar porque, por um lado, restam apenas partes de algumas paredes, por outro, existem poucas referências documentais, encontradas até ao momento, respeitantes à sua constituição. É, sem dúvida, de origem medieval e possuía alguns elementos manuelinos.
Ereira
Localizada no Rossio, junto ao canal da Ereira e Rua do Casal Novo. Segundo a tradição, a casa teria sido habitada por João de Ruão e sua família, uma vez que este Mestre possuía duas geiras de terra próximo dela. Planta simples, regular, longitudinal, colunata dórica sustentando um alpendre coberto com telhado de quatro águas, com gárgulas cilíndricas. Foi profundamente alterada no século XX, através do adossamento de uma casa que utilizou parte da estrutura murária antiga como suporte da moderna construção.
Na margem esquerda do Rio Mondego e na base de uma colina, fica a antiga e pitoresca Vila de Pereira. A sua fundação é plena de histórias e de lendas da época da reconquista, referindo-se que, como prémio pelos seus feitos heróicos, fora dada pelo 1º Rei de Portugal a um tal Capitão Pereiro.
Centro Histórico de Pereira
Os edifícios vetustos da Vila de Tentúgal dão-lhe carácter e ostentam a sua antiguidade. É a povoação que conservou maior número de moradias construídas entre o século XVI e XVII.
Centro Histórico de Tentúgal
Entre o rio e o monte
Montemor-o-Velho. Aqui o principal protagonista da paisagem continua a ser o Rio Mondego. São dele os verdes campos férteis, propícios aos arrozais que se estendem a perder de vista, outrora alagados pelo caudal devastador do rio.
Montemor-o-Velho
Monte-Mayor dos trovadores medievais tem a coroá-lo as ameias do seu castelo, um dos mais belos de Portugal. Uma antiga Vila cujos vestígios remontam à pré-história e que teve desde sempre uma grande importância sob o ponto de vista estratégico e económico.
Centro Histórico de Montemor-o-Velho
Mas não fique pela sede do Concelho. Por terras de Montemor-o-Velho, existe muito para descobrir pelas suas restantes 11 freguesias.
A marcar a diferença da paisagem está a região da Gândara que compreende as freguesias situadas no norte do Concelho, onde, à custa de muito esforço dos seus habitantes, conseguiram tornar produtivas muitas destas terras pobres e arenosas: a batata, as pastagens e o pinhal marcam a paisagem rural da Gândara.
Ao redor da Vila de Montemor existem velhos burgos plenos de história e tradição, podendo o viajante admirar belas paisagens e imponentes peças da arquitectura que falam de um passado de gente gloriosa e onde impera o bom gosto e harmonia. Percorra o nosso território e conheça as Igrejas Matriz, Cruzeiros, paisagens, riquezas e curiosidades da Abrunheira, Arazede, Carapinheira, Ereira, Gatões, Liceia, Meãs do Campo, Montemor-o-Velho, Pereira, Santo Varão, Seixo de Gatões, Tentúgal, Verride e Vila Nova da Barca.
Permita ainda que brindemos à sua visita e lhe ofereçamos as nossas delícias gastronómicas. Prove o arroz de lampreia, as papas laberças, o pato à moda do Mondego, o arroz malandro de cabidela, o sarrabulho, entre outras iguarias do nosso património gastronómico. Para a sobremesa delicie-se com a doçaria conventual, procurando assim a raiz histórica da presença e influência monástica neste espaço: são os papos de anjo, as barrigas de freira e as queijadas de Pereira; as espigas doces de Montemor; as queijadas e os pastéis de Tentúgal.