Primeiros sinais de melhoria mas ainda em alerta e emergência municipal

As 204 pessoas que, no sábado, foram evacuadas preventivamente devido ao risco elevado de cheias em Pereira, Santo Varão e Formoselha puderam regressar hoje a casa. “Estão, finalmente, reunidas condições de segurança para que as pessoas daquelas localidades possam voltar para as suas casas”, revelou o presidente da Câmara Municipal de Montemor-o-Velho, Emílio Torrão.
“Começamos a ter hoje os primeiros sinais de melhoria”, afirmou o Comandante Distrital de Operações de Socorro de Coimbra (CODIS), garantindo que “não vamos baixar a guarda”, continuando "a reforçar toda a margem direita porque o risco de cheia continua". Carlos Luís Tavares acrescentou ainda que “todos estes terrenos vão permanecer durante muitas semanas com água. Há necessidade das pessoas se manterem atentas porque a qualquer momento pode acontecer uma cheia". 
Por isso, “o estado de alerta e de emergência municipal vão continuar em vigor”, explicou o autarca Montemorense que sublinhou que “o risco é pleno e inquestionável". "Estamos a ter um bom encaixe no leito central, o que nos dá alguma margem de segurança, mas temos de estar permanentemente em alerta e em monitorização”, concluiu. 
Emílio Torrão reivindicou ainda que o "senhor ministro do Ambiente e o Governo têm de imediatamente disponibilizar os meios para que estas duas situações [o dique do canal principal do rio e o talude esquerdo do leito periférico direito] sejam corrigidas. Como devem perceber, não é possível uma população aguentar este esforço [de viver sob ameaça de cheia] todos os dias”, sublinhou.
“Não se pode viver neste estado permanente de alerta. A margem direita do leito principal e a margem esquerda do [leito] periférico direito têm de ser tapadas, de modo a garantir que os munícipes passem os próximos meses em segurança mínima porque estamos no inverno”, argumentou Emílio Torrão que acrescentou que a solução proposta servirá "também para que os próprios agricultores que têm ali o seu sustento possam recuperar a sua normal atividade económica”.

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