Empreendedorismo escolar preserva artes e ofícios tradicionais

Ser empreendedor e criativo está ao alcance de todos e pode chegar em qualquer etapa da vida. No dia 14 de julho, cerca de duas dezenas de formandos de todas as idades terminaram uma formação dedicada aos bordados, exercícios de tecido e iniciação à costura.
Nas instalações da sede da União de Freguesias de Montemor-o-Velho e Gatões (UFMVG), a derradeira etapa da iniciativa desenvolvida como complemento ao projeto “Empreendedorismo nas Escolas da Região de Coimbra”, promovido pela CIM Região de Coimbra, mostrou o trabalho desenvolvido e colheu os maiores elogios das entidades presentes.
“Esta iniciativa, realizada com a colaboração do CEARTE e com os apoios da Stoffus, UFMVG, AEMOV (Agrupamento de Escolas de Montemor-o-Velho) e Câmara Municipal, nasceu para dar resposta ao projeto de empreendedorismo escolar do 2º ciclo que tem como propósito preservar as artes e os ofícios tradicionais”, começou por explicar professora responsável pela atividade, Ana Filomena Jacob.
“De modo a que estas artes e ofícios não se perdessem e a promover ainda mais o relacionamento intergeracional, optou-se por ensinar os adultos para que replicassem os conhecimentos adquiridos e, para o efeito, inscreveram-se as mães, as avós, as tias e as primas dos alunos da turma do 5ª A”, avançou a professora da Escola Básica de Montemor-o-Velho.
A par da vertente de preservação das tradições, a iniciativa contemplou também a vertente de reaproveitamento de roupa usada e de diversos materiais têxteis, dando assim mais um sinal para a necessidade de preservação do meio ambiente através da reciclagem de materiais.
Na ocasião, o chefe de Divisão de Educação, Ação Social, Saúde, Desporto, Cultura e Turismo, José Charro, lembrou que a iniciativa reforça a importância da “capacidade de criar, inovar e arriscar” e, em nome dos Presidente da Câmara Municipal de Montemor-o-Velho, Emílio Torrão, e da vereadora da Educação, Diana Andrade, deixou “palavras de reconhecimento e o incentivo para que continuem o desenvolvimento do projeto” trazendo a escola até à comunidade.
De igual modo, António Joaquim, diretor do AEMOV, e António José Sérvolo, da UFMVG, reiteraram a importância que as novas experiências representam e a necessidade de continuar a aprender fora da escola.
Inicialmente prevista para ter a duração de 25 horas, a formação cresceu para as 100 horas e decorreu entre fevereiro e julho. A iniciativa possibilitou ainda dar corpo a algumas ideias que vão ser desenvolvidas pelas crianças, assim que a situação do estado de pandemia permita o regresso do programa de empreendedorismo nas escolas.

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