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- Categoria: Institucional
- Publicado em 30-10-2015
- Escrito por Super User
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Informação brevemente disponível
descubra as paisagens de Montemor-o-Velho
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A Reserva Natural do Paul de Arzila situa-se na margem esquerda do Rio Mondego, fazendo parte dos concelhos de Coimbra, Condeixa-a-Nova e Montemor-o-Velho.
Inclui um núcleo central - com o paul propriamente dito, atravessado por três valas, constituído por uma área de caniçal - e uma zona envolvente, florestada.
Quanto ao património natural, no domínio da flora, a zona de caniçal é ocupada pela tabua (Typha sp.), pelo bunho (Scirpus lacustris), pelo junção (Carex riparia) e pelo caniço (Phragmites australis). Nas valas: lírio-amarelo (Iris pseudacorus) e erva pinheirinha (Myriophyllum sp.). Zona envolvente: pinheiro-bravo (Pinus pinaster), sobreiro (Quercus suber), carvalho-cerquinho (Quercus faginea broteroi) e eucalipto (Eucaliptus globulus).
Comporta uma variada população de aves, onde se incluem núcleos reprodutores de Garça-vermelha e Garça-pequena. É importante zona de passagem outonal para migradores transarianos, em particular passeriformes. Zona húmida de importância para limícolas, anatídeos e lontra.
Símbolo:
Garça vermelha (Ardea purpurea)
Criação:
D.L. n.º 219/88 de 27 de Junho, (Cria a RNPA), com excepção dos seus artigos 2.º, 3º e 9.º.
Outra legislação:
Portaria N.º 821/93 de 7 de Setembro (Interdita a caça na R.N.P.A.)
Decreto Regulamentar Nº45/97 de 17 de Novembro (reclassificação)
Resolução do Conselho de Ministros n.º142/97 (ZEC)
Decreto - Lei n.º384-B/99, de 23 de Setembro (ZPE)
Inserção em redes internacionais de conservação:
Reserva Biogenética / Conselho da Europa.
Zonas Húmida de Importância Internacional inscrita na Lista de Sítios da Convenção de Ramsar.
Zona de Protecção Especial para Aves (Directiva 79/409/CEE)
Sítio da Lista Nacional de Sítios ao abrigo da Directiva (92/43/CEE) aprovada em Conselho de Ministros (Resolução do Conselho de Ministros nº142/97)
Decreto - Lei n.º384-B/99, de 23 de Setembro (ZPE)
Superfície:
580 ha. (NIG*)
*Núcleo de Informação Geográfica
Localização:
Região Centro
Distrito de Coimbra: Concelho: Coimbra (Freguesia: Arzila*); Concelho: Condeixa-a-Nova (Freguesia: Anobra*); Concelho: Montemor-o-Velho (Freguesia: Pereira*).
* Só parte dentro da Área Protegida.
Altitude:
Altitude máxima 88 m
Altitude mínima 6 m
Clima:
Temperatura
Os meses mais frios são Dezembro, Janeiro, Fevereiro e Março, sendo que Janeiro apresenta a mais baixa temperatura mínima média, com 6ºC.
Os meses mais quentes são Julho e Agosto, com médias mensais superiores a 21ºC.
Precipitação
Os meses mais chuvosos são Outubro, Novembro, Dezembro e Abril, sendo Novembro o mais chuvoso, com uma precipitação média de 362 mm. O mês menos chuvoso é Agosto, com uma precipitação média de 0.2 mm.
População:
1981: 4799 habitantes
1991: 4459 habitantes
Distância aos Aeroportos:
Lisboa - Coimbra, 220 Km
Porto - Coimbra, 140 Km
Faro - Coimbra, 430 Km
Transporte próprio:
- De Lisboa ou Porto, pela A1 (nó de Coimbra - Sul). Na saída da A1 tomar o IC2 na direcção de Taveiro. No final, através da EN n.º 341 que liga Taveiro a Alfarelos, passa em Arzila.
- A partir de Coimbra, pelo IC2 na direcção de Taveiro. No final, através da EM n.º 341 que liga Taveiro a Alfarelos, passa em Arzila.
Transporte Público:
De Comboio, pela Linha do Norte, sair no apeadeiro de Ameal. De Ameal ao Centro de Interpretação é cerca de 1 Km a pé;
De Autocarro, a partir de Coimbra, Linha n.º11 dos SMTUC com partida da Beira Rio.
Saiba mais sobre o Paul do Taipal, Zona de Protecção Especial para a Avifauna (ZPE) e Zona Húmida de Importância Internacional designada como Sítio Ramsar 2001:
O Paul do Taipal constitui uma área localizada no concelho de Montemor-o-Velho, que, pelas suas características geológicas, extensão e cobertura vegetal, é adequada à fixação de diversas comunidades, com especial enfoque de aves, sendo usado para nidificação, refúgio de inverno, repouso e alimentação durante as migrações.
É propriedade do ICNF, I.P., sendo esta também a entidade gestora daquele espaço.
Integrado no Vale do Baixo Mondego, outrora uma extensa zona húmida, o Paul do Taipal é o resultado de uma área que resistiu às alterações desta característica, mantendo-se como zona húmida.
As condições de drenagem daquele espaço sofreram alterações, fruto da intervenção humana, em particular com a construção da ex-EN 111, retendo a água naquele espaço em grande parte do ano e consequentemente o alagamento no inverno, mantendo assim as condições para que o espaço permaneça zona húmida.
Com a criação da Rede Natura 2000, resultante da aplicação da Diretiva 79/409/CEE do Conselho, de 2 de abril de 1979 (Diretiva Aves) e da Diretiva 92/43/CEE (Diretiva Habitats), criaram-se os mecanismos que visam assegurar a conservação a longo prazo das espécies e dos habitats mais ameaçados da Europa, contribuindo para parar a perda de biodiversidade.
A transposição das Diretivas para o ordenamento jurídico português foi concretizada com a publicação do Decreto-Lei n.º 140/99, de 24 de abril, com a nova redação dada pelo Decreto-Lei n.º 49/2005, de 24 de fevereiro e com as alterações introduzidas pelo Decreto-Lei n.º 156-A/2013, de 8 de novembro.
Constam como objetivos deste diploma legal, contribuir para assegurar a biodiversidade, através da conservação ou do restabelecimento dos habitats naturais e da flora e da fauna selvagens num estado de conservação favorável, da proteção, gestão e controlo das espécies, bem como da regulamentação da sua exploração, aplicados tendo em conta as exigências ecológicas, económicas, sociais, culturais e científicas, bem como as particularidades regionais e locais.
A constituição do Paul do Taipal como Zona de Proteção Especial (ZPE) foi concretizada com a publicação do Decreto-Lei n.º 384-B/99, de 23 de setembro, no qual, entre outras informações, consta a área de delimitação da ZPE do Paul do Taipal.
Desta forma, o Paul do Taipal é considerado Zona de Proteção Especial (ZPE) e Zona Especial de Conservação (ZEC), integrantes da Rede Natura 2000.
A ZPE do Paul do Taipal tem uma área de 233,31ha e como limites (de acordo com a redação do Decreto-Lei n.º 384-B/99, de 23 de setembro):
“Pelo IP 3 (troço a construir), até onde se cruza com a EM 579-2. Pela EM 579-2, para sul, até encontrar a Rua do Cano e, por esta, passando sob a EN 111, até à Rua do Infante D. Pedro, seguindo por esta até ao troço da antiga EN 111. Pela antiga EN 111, para oeste, até ao cruzamento que dá acesso a Quinhendros. Do cruzamento anterior, atravessando a EN 111 em direção a Quinhendros e seguindo pela EN 347 até encontrar o caminho dos Furadouros e, seguindo por este, em direção ao Moinho da Mata, até chegar ao IP 3.”
Em 2001 o Paul do Taipal foi designado Zona Húmida de Importância Internacional, integrando a lista de Zonas Húmidas de Importância Internacional ao abrigo da convenção de Ramsar.
O Paul do Taipal desempenha um papel muito importante na regulação local do lençol freático subterrâneo e também pode funcionar como zona tampão, contribuindo para aumentar a proteção das áreas agrícolas adjacentes contra a erosão causada pelas cheias de Inverno. Ao remover nutrientes, como nitrogénio e fósforo, o Paul do Taipal atua como purificador de água e melhora a qualidade da água (Ficha Informativa Ramsar do Paul do Taipal).
Flora
A Zona Paludosa é constituída por espécies tais como o caniço, bunho, Tabúas, Juncos, Junças, Salgueiros (preto, branco, etc.), Amieiros, Freixos, Ulmeiros, Choupos (negro e branco), Lentilhas-de-água, Nenúfares, Lírio-amarelo-dos-pântanos e Espadanas.
A Zona Envolvente, é constituída, maioritariamente, por uma Zona agrícola ocupada por culturas arvenses de regadio e de sequeiro, e por uma pequena Zona Florestada onde, pela existência de solos calcários, se destaca a presença de espécies características deste meio, como Aroeira, Zambujeiro e Aderno, registando-se também a ocorrência de orquídeas.
Fauna
São mais de 100 espécies diferentes que utilizam o Paul do Taipal.
Para conhecimento de algumas espécies que poderão ser observadas, deixam-se aqui alguns nomes.
Aves aquáticas:
Pato-real, Pato-trombeteiro, Corvo-marinho-de-faces-brancas, Abetouro, Garçote, Goraz, Garça-vermelha, Garça-real, Colhereiro, Caimão, Pernilongo, Narceja-comum, Guarda-rios, Frisada e Marrequinha.
Grandes aves terrestres:
Tartaranhão-dos-pauis, Açor, Milhafre-preto, Garça-boieira, Águia-calçada, Peneireiro-vulgar e Bufo-real.
Passeriformes:
Pisco-de-peito-azul, Rouxinol-bravo, Fuinha-dos-juncos, Cigarrinha-ruiva, Felosa-dos-juncos, Rouxinol-pequeno-dos-caniços, Rouxinol-grande-dos-caniços, Felosa-comum, Felosa-musical e Escrevedeira-dos-caniços.
Veja as fotografias de várias espécies presentes no Paul no separador galeria.
Atendendo ao conjunto de aves que podem ser avistadas no Paul do Taipal, foi criado o projeto designado de “Birdwatching no Paul do Taipal”, que visa, entre outros objetivos, permitir criar condições para a observação das aves.
Para tal, foram reabilitados observatórios já existentes e criados outros, bem como delimitado um percurso de circulação entre estes observatórios, para que a observação das aves se possa fazer da forma correta e nas melhores condições.
Sendo o Paul do Taipal uma ZEC e ZPE, está sujeita ao cumprimento de normas que visam a proteção e conservação dos valores naturais presentes naquela área, sendo o seu incumprimento punível por lei.
Para informação do visitante do Paul do Taipal constam no local as normas de visitação que devem ser adotadas e que aqui também se disponibilizam.
Complementaridade de oferta de visitação pedestre
A visitação do Paul do Taipal pode ser complementada com outras ofertas existentes no Município.
Convidamo-lo a fazer a Rota Monumental das Aves, característica por combinar natureza e cultura, ao incorporar a força da biodiversidade do Paul do Taipal com a magnitude do acervo histórico e patrimonial de Montemor-o-Velho, materializado no Castelo, no centro histórico e nos edifícios religioso e a Grande Rota do Mondego, que permite descobrir inúmeros pontos de interesse naturais, paisagísticos e culturais associados ao Rio Mondego.
961 195 304 - Núcleo de Proteção Ambiental da GNR de Montemor-o-Velho
239 007 260 - Direção Regional da Conservação da Natureza e das Florestas do Centro
239 687 300 - Município de Montemor-o-Velho